Nostalgia...
Que como brumas matinais, cobrem todo o horizonte,
Não deixam ver a paisagem que tentamos adivinhar,
Mas entregam-nos o dia embrulhado em mistério.
Constroem-se mais esperanças,
Em dias que nascem assim num libertar lento do escuro.
Divaga-nos a alma em tons melancólicos,
E a esperança cresce devagar,
Mas cresce,
Como crescem todos os desejos que na mente construímos.
É a brisa fresca que vem do mar
Que agita a consciência ainda meio adormecida,
E trás sonhos na cadencia das ondas,
Que encapelam os pensamentos.
Ainda que o meu horizonte não acorde nítido,
Sonharei sempre,
E adivinharei a paisagem escondida,
Na pouca nitidez das manhãs cinzentas.
Em dias assim...estou nostálgica,
Sinto-me grande e perdida como o mar,
Tal como ele, sou capaz de de abraçar praias e falésias,
Como quem abraça da mesma forma
O amor ou a solidão.
Benvinda Neves
Julho 2013
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