quarta-feira, 17 de julho de 2013

Nostalgia...



Nostalgia...

Névoas de Incerteza...
Que como brumas matinais, cobrem todo o horizonte, 
Não deixam ver a paisagem que tentamos adivinhar,
Mas entregam-nos o dia embrulhado em mistério.

Constroem-se mais esperanças,

Em dias que nascem assim num libertar lento do escuro.
Divaga-nos a alma em tons melancólicos,
E a esperança  cresce devagar,
Mas cresce,
Como crescem todos os desejos que na mente construímos.

É a brisa fresca que vem do mar

Que agita a consciência ainda meio adormecida,
E trás sonhos na cadencia das ondas,
Que encapelam os pensamentos.

Ainda que o meu horizonte não acorde nítido,

Sonharei sempre,
E adivinharei a paisagem escondida,
Na pouca nitidez das manhãs cinzentas.

Em dias assim...estou nostálgica,
Sinto-me grande e perdida como o mar,
Tal como ele, sou capaz de de abraçar praias e falésias,
Como quem abraça  da mesma forma 
O amor ou a solidão.


Benvinda Neves

Julho 2013



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