Tempestade…
Abriu-se em desespero o céu de Inverno.
Caiu uma chuva abrupta
e contínua que tudo alagou.
e contínua que tudo alagou.
Entrou por todas as frestas
da alma desprevenida,
da alma desprevenida,
Invadiu e inundou todo o ser.
Quis o peito sufocado
dizer tudo o que sentia,
dizer tudo o que sentia,
Mas não encontrou palavras
ou gestos que o descrevessem
ou gestos que o descrevessem
E foi na torrente invasora
que abafou toda a sua dor.
que abafou toda a sua dor.
A trovoada que rasgou o horizonte
tão negro,
tão negro,
Despertou sentimentos contraditórios,
como os daquele céu dividido.
como os daquele céu dividido.
O medo do som ensurdecedor,
que ecoa e arrepia,
que ecoa e arrepia,
Contrasta com a beleza da espada de
fogo,
Que abre rasgos que ligam céu e terra.
Que abre rasgos que ligam céu e terra.
Debate-se a alma,
também dividida.
Como se os trovões fossem gritos de dor
também dividida.
Como se os trovões fossem gritos de dor
E os raios a beleza
de tudo o que quer registar para sempre.
de tudo o que quer registar para sempre.
Beijos que se guardam,
como tempestades de desejo.
como tempestades de desejo.
Com o poder de incendiar
e iluminar a escuridão,
e iluminar a escuridão,
Criam a ilusão de que o momento
é imortal e divino.
é imortal e divino.
Ninguém esquece
uma tempestade que foi forte.
uma tempestade que foi forte.
Acorda o instinto de
sobrevivência
E faz-nos sentir a importância de
estar vivo.
Sentimentos são forças da natureza,
Quase sempre serenos,
Mas que explodem por vezes com
violência.
Só o Tempo tem o poder
De reajustar todos os elementos.
Benvinda Neves
25 Janeiro 2013
Simplesmente belo, adorei muitooooo. Parabéns BN.
ResponderEliminarmuito agradecida, amigo Carlos. Interpretar - não é para todos.
EliminarObrigada por o fazer.
Beijinhos, um dia super feliz.