Enlouqueço… (de vez em quando)
Interrogo-me tantas vezes se resido sozinha nesta
dualidade
De um dia ser tudo azul e brilhante
E no outro tudo nublado e triste.
Um dia moro numa ponta do mundo,
No outro no extremo oposto
E o grave é não encontrar vontade de escolher o meio.
A vida quando é morna, enche-me de tédio,
Tenho que abanar, sossegar, concordar,
Contestar,
abraçar, afastar, beijar sorrir, ou chorar,
Mas tenho que
sentir…
Prefiro chorar ou gargalhar, que dizer que nada sinto.
Sou como o tempo,
Azul e quente ou frio e cinzento.
Vivo entre esta metade insaciada de mim,
Que chora, reclama e protesta
E a outra metade já domada,
Que grata se sente
feliz e olha o mundo como um berço seguro e colorido
Onde a
natureza, nossa mãe, nos adormece com canções de embalar.
Estou
convencida que a rotina
É uma
doença que lentamente se apodera do corpo
E a
curto ou longo prazo nos faz adoecer…
Pergunto-me
se terá o mundo parte da minha loucura,
Ou
serei só eu,
Que enlouqueço de vez em quando…
Benvinda Neves
Julho 2013
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