Hoje fomos passar o dia com uma amiga
que mora no Seixal.
Havia uma exposição de arte urbana
num dos largos principais da cidade e esta em particular
despertou a minha atenção:
"Porque me sinto Assim?"...
Todos temos momentos em que nos sentimos "assim",
e é bom que tenhamos consciência da razão,
pois ajuda a resolver o problema dentro da nossa cabeça,
ou a lidar melhor com ele.
Impulsivamente convidei o meu irmão e a Paulinha
a pousarem e escolherem a razão do "sentir assim,"
tendo eu escolhido também.
O Chico foi o primeiro e não teve duvida em apontar para
"o mundo agora está uma porcaria".
É natural, a empresa abriu falência
e obrigado a reforma compulsiva sente a injustiça
de 43 anos de descontos com uma penalização que deixa revolta.
A Paulinha também não hesitou em escolher
"problemas financeiros,"
um mal comum à maioria dos portugueses,
sobretudo com os aumentos prestações das casas
e dos bens de primeira necessidade.
Também não tive hesitação e escolhi
"Stress Profissional."
Durante muitos anos tive imenso prazer no meu trabalho
e embora o continue a exercer com o mesmo esmero
e me orgulhe de ser boa profissional,
o facto de sentir que deixou de ser reconhecido
e sobretudo devidamente avaliado,
faz com que sonhe com o dia em que me vou reformar.
É triste ter este pensamento como objetivo,
mais triste ainda reconhecer que a insatisfação profissional
é quase um sentimento coletivo, no nosso trabalho.
Alguma coisa vai muito mal no país,
quando se valoriza as pessoas profissionalmente por outras razões
que não pelo contributo que dão no seu dia a dia.
Saudades dos tempos em que tínhamos concursos públicos,
prestávamos provas e subíamos de categoria,
porque provávamos que éramos competentes.
Faltam-me realmente pouquinhos anos para a reforma,
até lá, consciente da causa,
tenho que saber gerir na minha cabeça, o stress profissional.
Que quem "manda" aprenda alguma coisa com os erros do presente,
para que as novas gerações
sintam reconhecimento e valorização profissional,
imprescindível em todas as profissões.
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