Há morte e vida na paisagem...
a dizer-me que o que é bom ou mau para uns,
nem sempre o é para outros.
O Verão secou a Ribeira das Vinhas,
deixando o seu leito morto
e coberto de "telas brancas", fantasmagorias,
no lugar onde antes, havia limos.
Por entre os pedregulhos das margens,
há tufos amarelos de caules secos,
que não resistiram ao sol que os fustigou.
O caminho está árido
e a beleza que existe quando a água corre,
extinguiu-se,
mostrando-nos uma paisagem tão diferente.
Mas se formos atentos, observamos
que esta é a altura dos frutos.
As videiras estão carregadas, as romãzeiras
e as figueiras também.
Há centenas de flores silvestres,
que só nasceram agora
e que salpicam todo o trilho.
Todos somos diferentes
e cada um de nós "tem o seu tempo."
(Temos sempre tanta dificuldade
em aceitar que não temos que ser todos iguais...)
Benvinda Neves
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