Olhando as imagens do amanhecer de hoje
e a pensar como a mesma paisagem
pode ser vista
e sentida de forma tão diferente...
Ontem ouvi um colega confessar a outro,
a propósito da viagem de fim de semana
a Santiago de Compostela:
"não percebo nada disto, ouvi tanta gente a dizer
que viu isto e aquilo tão bonito e tão interessante
e eu fartei-me de andar de um lado para o outro,
vim estoirado e não vi nada."
Da mesma forma um colega de emprego
confessou ao meu irmão:
"fui fazer o cruzeiro do rio Douro, mais a minha mulher,
porque toda a gente dizia que é tão lindo,
gastei um dinheirão e aquilo não tem nada para ver,
pois são só cepas e pedregulhos".
Sem duvida que podemos olhar o mesmo sol,
o mesmo mar, a mesma lua, o mesmo campo
e senti-los de forma tão diferente.
Há quem viva à espera que a Felicidade
lhe seja oferecida numa caixinha de jóias
e se esqueça de apreciar e agradecer
os raios de sol que trazem luz
e a Vida renovada em cada dia...
Será que não educamos os nossos sentimentos?
Acredito que temos aptidão para o fazer
e que é importante trabalhar a nossa sensibilidade.
Muito do nosso equilíbrio interior,
nasce do que recolhemos do exterior.
Deve sentir-se um grande vazio,
quando se olha o mundo
e não se encontra beleza...
Deve sentir-se um grande vazio,
quando se olha o mundo
e não se encontra beleza...
Benvinda
Neves
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