Um serão diferente...
com musica e poesia num lugar bonito:
a Estalagem do Muchaxo no Guincho.
Esta foi a terceira vez que fui
e tive a companhia das amigas Nela Gomes e Fátima Silva.
Concerto de piano, de
Carlos Lopes...
o mentor destes serões,
junto com a sua simpática esposa Nela.
Depois do concerto, segue-se a tertúlia.
Normalmente o tema do concerto é "Abraço"...
tendo sido o primeiro a que assisti
"Abraço ao Próximo", o segundo "Abraço à Alegria"
e este: "Abraço à Terra"....
É bonita esta forma de consciencializar
para a nossa proximidade com os outros,
e com o mundo onde vivemos.
Como dizia ontem o musico, Carlos Lopes,
nunca a terra esteve tão necessitada de abraços
como no presente.
Adorei a poesia de um senhor brasileiro,
chamado Alexandre.
Muito bonita - extremamente profunda,
com mensagem para o que é ensinado hoje às crianças.
Normal é as crianças treparem nas árvores
e descobrirem que elas dão frutos
(no caso referia ameixas),
mas infelizmente em muitos lugares
os meninos são ensinados a ser soldados
e nunca subiram numa árvore para colher frutos.
A amiga Nela Gomes também participou,
com o seu testemunho sobre casos da vida real,
que são tantas vezes engraçados
e que gravamos na memória com carinho.
Lembrou por exemplo o dia em que foi chamada à escola,
para falar sobre uma redacção elaborada pelo filho,
em que a professora pedia aos alunos que escrevessem
sobre os seus animais domésticos
e o garoto simplesmente escreveu
"o meu animal doméstico é a minha mãe"...
Uma jovem talentosa cantou e tocou piano,
uma senhora convidou a fecharmos os olhos
e a meditar um pouco sobre os nossos sentimentos
e o nosso lugar no mundo.
Outra senhora leu um poema sobre a terra.
Lugar ainda para fazer a surpresa
de anunciar aos presentes que era o aniversário do marido,
que ouviu os parabéns ao som do piano,
cantados por todos os presentes.
Um serão diferente...
calmo, partilhado com uma série de pessoas
que não conhecemos,
mas têm de certeza o mesmo gosto que nós.
Retive o recado da minha grande amiga Nela Gomes
(somos amigas há 47 anos):
(somos amigas há 47 anos):
"que pena as pessoas não participarem mais"...
Acho mesmo que era para mim
.
Não sou tão expansiva quanto pareço
e ainda não tive coragem de ser interventiva nestes serões.
Quem sabe no próximo perca a vergonha da exposição publica
e leve um pouco da minha poesia.
e leve um pouco da minha poesia.
Grata pela simplicidade destes momentos,
"música e poesia"
são sempre óptima combinação.
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