Nosso – o Céu de Primavera…
São seis da manhã de sábado… acordei
pelo habito,
O corpo habitua-se às rotinas diárias
que lhe impomos.
Não há razão para me levantar a esta
hora,
Quando nem dormi o suficiente, pois deitei-me
passava da uma.
Mas por muito que tente adormecer depois
de acordar,
Raramente consigo.
Invejo quem adormece quando quer…
Mas já que estou acordada,
Desfruto da calma que existe a esta
hora do dia.
Ainda não há carros a passar,
O pinhal começa a ser invadido
lentamente pelo sol,
Que surge no cimo da serra
E vai
“alastrando” até cobrir todo o vale.
É sempre um momento mágico, o da
invasão de luz,
Que tem poder de acordar toda a
natureza.
Os pássaros surgem entre gritos e correria,
Cruzam o céu como frotas aéreas, em
dia de exibição.
Perseguem-se em namoros competitivos,
E contrastam com a suavidade do
amanhecer.
Somos nós voando na nossa loucura,
Invadindo o céu de Primavera,
Ousando roubar ao mundo o sol, o
cheiro e a cor.
Nossos - não importa por quanto
tempo,
Quando há quem viva sem nunca o ter
sonhado.
Benvinda Neves
Maio 2014
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