Queria ser tão livre
Quanto os meus pensamentos…
Quanto os meus pensamentos…
Já partiram quase todos os pássaros,
Deixei de os
ver dançar
em bandos desnorteados, frente ao sol-poente.
em bandos desnorteados, frente ao sol-poente.
O céu continua
magnifico,
Mas agora são
poucos os que o vêm cantar.
Pergunto-me
porque não posso partir como todos os pássaros,
porque não posso partir como todos os pássaros,
E voar
estonteada à procura de outras Primaveras?
Queria ser tão
livre
quanto os meus pensamentos,
quanto os meus pensamentos,
Cortar as
raízes
e poder correr como as nuvens em direcção a mais além.
e poder correr como as nuvens em direcção a mais além.
Para que
queremos palavras,
Quando o silêncio
contém todas as respostas.
Não será a Vida
razão suficiente para querer morar em todos os lugares?
razão suficiente para querer morar em todos os lugares?
As papoilas nascem nas mãos da terra
E não se
importam
se ela está pintada de verde, castanha ou amarela,
se ela está pintada de verde, castanha ou amarela,
aparecem onde
lhes apetece.
Seus corpos esguios, simples e frágeis
Enchem a
paisagem de beleza e cor.
Mas não se
colhe a bela e singela papoila,
Pois pode nascer
no campo na praia ou junto à rocha,
no campo na praia ou junto à rocha,
Mas só pertence
ao lugar onde nasceu.
Talvez eu
quisesse ter nascido papoila...
Dançar de vermelho ao sabor do vento
Dançar de vermelho ao sabor do vento
E olhar o mundo
com olhos negros e meigos
De profunda paixão.
Talvez seja essa a razão
de não partir com os pássaros...
Talvez seja essa a razão
de não partir com os pássaros...
Benvinda Neves
Agosto 2013
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