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Se vamos ficar diferentes,
depois de passar a onda da pandemia?
NÃO - não acredito que nos tornemos
mais humanos
e que uns meses de susto
mudem os corações empedernidos da humanidade.
Basta lermos as noticias diárias,
para termos a certeza que tudo voltará
a ser como era - ou pior ainda,
porque o distanciamento físico
vai justificar (para muitos)
o distanciamento emocional.
Li hoje que no Canadá, cuidadores
abandonaram idosos num lar,
e deixaram-nos morrer à fome
e deixaram-nos morrer à fome
por receio de contraírem covid-19.
Que outro dia em Espanha
foi apedrejado um transporte e ambulâncias
que transferiam idosos infectados.
Que uma enfermeira, depois do seu turno de trabalho,
tinha um escrito na porta, para abandonar a casa,
porque os vizinhos se achavam mais expostos
com a sua presença.
Que este fim de semana em Braga,
houve uma onda de assaltos.
Li também sobre a quantidade de ciber-crimes
e ataques a idosos que pensam estar a receber
autoridades de saúde.
Que uma enfermeira, depois do seu turno de trabalho,
tinha um escrito na porta, para abandonar a casa,
porque os vizinhos se achavam mais expostos
com a sua presença.
Que este fim de semana em Braga,
houve uma onda de assaltos.
Li também sobre a quantidade de ciber-crimes
e ataques a idosos que pensam estar a receber
autoridades de saúde.
Todos os dias apelos para um numero imenso
de animais de estimação que são abandonados.
Se no auge do sofrimento dos outros
não nos compadecemos
e conseguimos ser horríveis,
só posso concluir que
"Não, não vamos mudar"...
Somos o Ser mais egoísta
e mais destruidor do planeta.
Preocupa-nos a comodidade da nossa vida
sem nos condoer a fome a tristeza,
a fragilidade e a solidão alheia.
Nestes meses de pandemia,
em que estivemos todos recolhidos,
a Natureza recuperou.
Ontem vimos um cardume de golfinhos
junto à Boca do Inferno
e muitos, muitos coelhos
a apanhar o sol do amanhecer.
A incansável natureza...
constantemente a oferecer-nos
a oportunidade de repensarmos
e de amar e respeitar o mundo.
Quando será que vamos entender?
Boca do Inferno - Guia - Cascais.
Se no auge do sofrimento dos outros
não nos compadecemos
e conseguimos ser horríveis,
só posso concluir que
"Não, não vamos mudar"...
Somos o Ser mais egoísta
e mais destruidor do planeta.
Preocupa-nos a comodidade da nossa vida
sem nos condoer a fome a tristeza,
a fragilidade e a solidão alheia.
Nestes meses de pandemia,
em que estivemos todos recolhidos,
a Natureza recuperou.
Ontem vimos um cardume de golfinhos
junto à Boca do Inferno
e muitos, muitos coelhos
a apanhar o sol do amanhecer.
A incansável natureza...
constantemente a oferecer-nos
a oportunidade de repensarmos
e de amar e respeitar o mundo.
Quando será que vamos entender?
Boca do Inferno - Guia - Cascais.
Benvinda Neves
INFELIZMENTE É COMO DIZES. SEM MAIS PALAVRAS, PARABÉNS PELO TEXTO. e pelas fotos, gostei de ver o coelhos.
ResponderEliminarBom dia amigo Carlos - por muito poetas que gostássemos de ser, a realidade é que o ser humano continua egoísta e mau. É triste que não se aprenda nada com os maus momentos. Choca-me muito tanta maldade.
EliminarQuanto à natureza - estou aos poucos a matar saudade. Sou madrugadora - não tenho o problema de cruzar com muita gente, porque à hora que vou está tudo a dormir. Nunca tinha visto coelhos nesta zona - é o bocadinho que separa as arribas da estrada. Nem sequer estavam com muito medo de nós. Já não via o cardume de golfinhos à anos.
Uma beleza - que deveríamos todos saber merecer.
Um bom dia, amigo.