sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Saudade e esperança...



Água chã... maré rasa,
com a mesma quietude que o amanhecer,
como se o mar estivesse cansado.

Enche-se o peito de memórias,
que extravasão 
e se estendem pelo tempo.

O ontem e o hoje, 
confundidos na neblina dos dias,
ali deitados no mar entorpecido.

Gente que amamos, gente que nos amou,
momentos que foram,
 outros que sonhamos.

Os anos que passaram tão depressa,
ou o tempo que teima em não passar,
nesta ambiguidade de ser ou não ser.

Saudade e esperança...
embaladas nas horas que o tempo trás e leva,
deixando-nos o peito dorido.


Benvinda Neves



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