Água chã... maré rasa,
com a mesma quietude que o amanhecer,
como se o mar estivesse cansado.
Enche-se o peito de memórias,
que extravasão
e se estendem pelo tempo.
O ontem e o hoje,
confundidos na neblina dos dias,
ali deitados no mar entorpecido.
Gente que amamos, gente que nos amou,
momentos que foram,
outros que sonhamos.
Os anos que passaram tão depressa,
ou o tempo que teima em não passar,
nesta ambiguidade de ser ou não ser.
Saudade e esperança...
embaladas nas horas que o tempo trás e leva,
deixando-nos o peito dorido.
Benvinda Neves
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