Aos poucos vai roubando um pedacinho de areia,
mais outro pedaço no dia seguinte
até que, depois de um tempo,
já não resta praia nenhuma.
Assim sentimos que acontece
às vezes nas nossas vidas.
Aos poucos a alma esvaziando...
definhando até nos sentirmos sufocar.
Sou daqueles areais fortes,
que aguenta quase tudo,
que aguenta quase tudo,
mas vou enchendo...vou enchendo
e um dia digo
"perdido por cem, perdido por mil",
"perdido por cem, perdido por mil",
e deixo ir com a maré, todo o areal.
Foi assim que "sem saber o que quero",
decidi pelo que "não queria"
decidi pelo que "não queria"
e me encontro navegando ao acaso.
Mar alto...
à espera de me cansar
e de em algum lado parar.
e de em algum lado parar.
Maré vai... maré vem...
navegar é viver.
navegar é viver.
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