Ontem, como tantas vezes, fui caminhar pelo
Trilho da Rbeiria das Vinhas.
Está tão feio...
A ribeira com o parar da chuva secou
e é agora uma "serpente" de pedregulhos ao longo do caminho.
A Câmara, contagiada pela febre colectiva
da limpeza das matas, cortou uma série de árvores
e ceifou todos os arbustos selvagens
que estavam no talude entre a estrada e o caminho,
deixando "peladas" na paisagem.
Algumas pessoas, com falta de educação e respeito,
lançam lixo encosta abaixo
e há sofás, mesas, electrodomésticos
e embalagens espalhadas por tudo quanto é sitio.
É lamentavel que assim seja.
Infelizmente o não respeitar a natureza
e"não valorizar" faz parte dos dias de hoje.
Não podemos fazer nada em relação à ribeira seca,
pois sempre soubemos que no tempo seco não tem água.
A limpeza dos taludes era necessária,
mas arrancar arbustos e árvores sãos,
só vai fazer com que haja desmoronamento de terras.
Parece-me que no país, partimos do oito para o oitenta,
ou não se faz manutenção ou se arranca e corta
e o que não foi consumido pelos incêndios de verão,
acaba destruído pela mão do homem.
O País tem que investir na educação colectiva,
no respeito pelo ambiente e no civismo.
Fazer fiscalização e
aplicar coimas exemplares
a quem lança lixo nas florestas
e aos criminosos que deliberadamente
provocam incêndios para lucrarem.
Benvinda
Neves
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