Para concluir a visita de ontem,
falta-me falar sobre o
"Jardim Colonial",
com o nome actual de
"Jardim Botânico Tropical"...
São sete hectares, sendo cinco de parque botânico
de espécies tropicais - aberto ao publico.
Foi construído como centro de estudo,
intercâmbio cultural e experimentação de
culturas coloniais, tendo também sido
transferido para o Palácio dos Condes da Calheta
o Centro de Documentação e Informação
do Instituto de Investigação Cientifica Tropical.
Classificado como Monumento Nacional
e inserido numa zona nobre da cidade,
mesmo por trás do Jardim do Palácio da Presidência
e ao lado do Mosteiro dos Jerónimos,
é uma pena o desleixo
que encontra quem visita o espaço.
Sou madrugadora - fui na hora de abertura
e reparei que todos o caixotes do lixo estavam atestados.
O espaço dedicado a Macau - é um carreiro de lama,
mas com os lagos sem água.
Há zonas do jardim completamente secas,
sem sistema de rega - nem as plantas
tropicais resistem sem água alguma.
Os edifícios estão todos degradados,
inclusive a estufa que não tem recuperação.
Triste - muito triste
eu e outros visitantes a quem ouvi
comentários de decepção.
Como escrevi ontem,
desejo que seja verdade que vai ser agregado
ao Jardim da Presidência da Republica,
para que o espaço tenha a dignidade merecida.
Existem dois portões que ligam os dois jardins.
Do que mais gostei:
Das grandes árvores de troncos enormes,
que nos fazem sentir minúsculos,
dos muitos bustos com rostos africanos,
da casa da caça (embora só vista por fora),
da estufa com as árvores do café
das muitas e muitas aves que por ali procriaram
e que caminham por todo o jardim
(pavões, patos, galinhas - cheios de filhotes)
da paz que se sente quando se entra num jardim,
mesmo no meio da cidade.
Benvinda Neves
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