Alegria
e Tristeza…
Temos
tendência para imaginar que a vida dos outros é mais divertida e muito mais fácil
que a nossa.
Adivinhamos
secretismo e emoções sempre ao rubro.
A
vida alheia não tem tédio, nem momentos de revolta nem tempo desperdiçado,
nem
mágoa, nem ira ou o peso da tristeza.
Atrai-nos
tudo o que não conhecemos e formamos opiniões que às vezes se desmoronam com o
tempo, porque foram construídas apenas pela nossa imaginação.
É
quase irresistível fazer comparação entre o que somos e o que pensamos que são
os “outros” - aqueles que nunca têm problemas do tamanho dos nossos e que
parecem levar a vida ao colo, em vez de a carregarem nas costas como um peso
que obriga por vezes a curvarmo-nos.
Desejávamos
tanto que a monotonia não fosse uma nota tocada na melodia do tempo.
Apetecia-nos que os dias fossem valsas salteadas de prazer num ritmo quente que
nos fizesse saltar a toda a hora o coração.
Queríamos
paixão e adrenalina sempre ao rubro.
Gostávamos
que a vida fosse uma ininterrupta festa e somos egoístas o suficiente para pensar
que para alguns assim é.
Esquecemos
que a vida distribui por todos, de igual forma, só em tempos diferentes,
Alegria
e Tristeza.
Ficamos mais tempo com aquela que quisermos guardar …
Benvinda Neves
Janeiro 2014
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