Há Silêncios Forçados e Silêncios Desejados...
Depois que se retiraram os convidados,
Eis que dou conta desta falta repentina de
barulho
E a casa por momentos, torna-se grande e
vazia.
A mudança rápida parece estranha,
Mas ao mesmo tempo desejada,
Pois anseio aquele que é o meu delicado ambiente
habitual.
Estava aqui mergulhada na inconsciência
de pensar…
Quando conclui que os silêncios
Têm corpos, formas, cheiros e sentires.
Os silêncios nascem de ausências,
Forçadas ou desejadas.
Há silêncios que precisam ser ditos,
para que façam sentido,
para que façam sentido,
Pois um silêncio para ser apreciado,
Tem
que ser compreendido e ansiado.
Há silêncios ingratos que são ecos,
Que
se propagam a partir do coração
E abanam todo o corpo,
Repetindo como
falsas algumas horas de paixão.
Há silêncios de saudade,
povoados de imagens de seres que amamos
povoados de imagens de seres que amamos
Mas que por razões diversas não podemos
abraçar.
Por isso os silêncios têm corpos,
rostos, expressões, cheiros
rostos, expressões, cheiros
E sentires.
E há silêncios desejados e procurados,
Que surgem da necessidade de nos
escutarmos.
De ouvirmos o nosso íntimo
para reencontrarmos o equilíbrio.
para reencontrarmos o equilíbrio.
Nesses silêncios
Acertarmo-nos
pelo compasso do nosso coração
E retomamos a linha da partida,
Prontos para nova corrida.
Benvinda Neves
Abril 2013
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