sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Não se dar por vencida…


















Não se dar por vencida…

As rochas estendem-se,
qual manto negro a debruar toda a costa,
como um picotado de renda, entre a terra e o mar.

O tempo, artesão persistente,
incansável na sua mestria,
entretém-se mudando-lhes formas e cores.

O mar, mestre impaciente,
corroí-as mais rápido,
abrindo-lhe sulcos nas faces,
por onde escorre como lágrimas em torrentes.

Triste muralha,
à qual tempo e mar arrancaram toda a imponência.
Ainda que despojada e desfeita,
não se dá por vencida
e em grãos de ouro se transforma,
formando extenso areal.


 Benvinda Neves  - 8 Fevereiro 2013


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