quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

É meu, mas não me pertence…



















É meu, mas não me pertence…


É meu, mas não me pertence…

Magoa este insistente Pensamento,
Mordaz e critico que de mim desfaz e desdenha,
Como estrangeiro que contrariado me habita.
Aparece sem ser convidado, instala-se como dono,
Entristece-me, semeia dúvida, insegurança, domina-me
E reina depois como um tirano.

É contudo meu,
Sem o parecer…

Acompanha-me como sombra desfasada,
Que projecta um corpo diferente,
Em cuja forma não se adivinha a origem.
Gigante invisível, com braços poderosos que me prendem
E me mantêm cativa em fórmulas que não trazem felicidade.
Estranho e duro este Pensamento contraditório,
Que Sendo meu,
Não me pertence.


Benvinda Neves
13 Fevereiro 2013


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