É sempre muito dificil despedirmo-nos dos que amamos.
Gosto de pensar que cada um de nós,
quando morre, deixa um rasto de luz,
que iluminará os momentos mais escuros de quem fica,
suavizará a perda e mitigará a saudade.
Ontem morreu o amigo Vítor, o meu querido compadre,
que sempre me fez sentir amada como uma irmã.
Vamos ter muitas saudades daquele vozeirão que enchia uma sala,
das suas resmunguices, da sua boa disposição,
das piadas tolas acompanhadas de muitas gargalhadas,
das conversas cheias de certezas, da amizade sincera.
A maior das suas qualidades, seria a franqueza.
Era transparente no que sentia - e a gente sabia
que quer gostasse ou não - ele tinha que o dizer.
Tive o grande privilegio de partilhar muitos e muitos momentos
em que me senti sempre membro daquela família.
A minha saudade será pequenina,
perante a saudade da sua esposa, filhos e familiares mais diretos.
Que o rasto de luz que nos deixou,
nos traga a força da aceitação
para que o recordemos como ele gostaria:
com muito amor e sorrisos.
Adeus querido compadre, até um dia...
Benvinda Neves
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