sábado, 14 de novembro de 2020

Dias tristes, como as Ruas da nossa bela Lisboa...

Tempos muito difíceis que atravessamos

e que não podem deixar ninguém indiferente.

Hoje de manhã as ruas da nossa capital

eram o reflexo da tristeza que se abate em todos os lares.

Tudo deserto, com algumas lojas abertas, mas vazias

e meia dúzia de corajosos artesãos que tentavam a sua sorte,

nas Arcadas da Praça do Comercio,

voltados para a grande praça, onde não se via ninguém.

É um dó de alma e deixa-nos um nó na garganta

pensar que muitos não terão dinheiro para 

colocar uma refeição na mesa.

Sei que a tragedia se abateu sobre o mundo

e que nenhum de nós gostaria de estar na posição do governo,

porque é dificílimo tomar decisões.

Mas não posso concordar que se feche todo o comercio 

as 13 horas de um fim de semana. 

Os comerciantes vão viver de quê? 

Não morremos todos do mal, morremos do medo.

Desde o inicio da pandemia 

que a aposta dos dirigentes  foi nas medidas de repressão

e não nas medidas de informação.

Menos tempo de antena /covid, para exibirem as suas vaidades

e mais tempo de antena /covid, para apostar na informação 

e fazer entender a quem os ouve a gravidade da situação

e sobretudo não criar exceções quando politicamente 

lhes convém - porque isso desacredita e revolta.

Dias tristes os que vivemos,

 como as Ruas da nossa bela Lisboa...



















Benvinda Neves


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