Impossível ficarmos indiferentes
à terrível realidade que afecta o mundo.
O Covid 19 espalha medo...
e altera a vida dos lugares por onde se instala.
A toda a hora as noticias são actualizadas
e ficamos a saber o numero de mortos no mundo,
a quarentena dos infectados, dos países que param
e fecham as suas fronteiras.
O primeiro instinto do ser humano
é o de sobrevivência e perante esta ameaça,
algumas pessoas reagiram
como se fossem ficar prisioneiras 40 dias
e "despejaram" os super-mercados.
Três dias seguidos que tentei obter legumes
para fazer uma sopa, mas como a ida às compras
foi sempre pós laboral, só hoje que é fim de semana,
consegui finalmente os benditos produtos.
Fui ao mercado da Vila,
como faço em outros sábados,
só que hoje (e muito bem) as entradas estavam controladas,
por agentes da policia que seleccionavam o numero de entradas,
consoante as saídas e pediam às pessoas que lavassem as mãos
antes de se dirigirem às bancas.
Estava tudo muito bem organizado
e decorreu sem grande perda de tempo.
Esta pandemia, é um problema de todos
e temos que ser participativos,
prevenindo situações de risco e contagio.
Todas as tragédias que acontecem nas nossas vidas,
trazem lições que nos fazem reflectir
e nos ajudam depois a ser pessoas melhores.
Agora que os lares interditam as visitas aos idosos,
perguntemos a nós mesmos,
quantas vezes deixamos de visitar os familiares internados,
porque arranjamos desculpas
de coisas mais importantes para fazer?
Agora que as escolas vão fechar
e vai ter que ficar com os filhos em casa,
pergunte a si mesmo,
quantas vezes deixou de brincar com eles,
porque os seus afazeres não lhe deram tempo?
Agora que estão interditas as visitas aos hospitais,
quantas vezes deixamos de visitar um familiar
ou um amigo enfermo
e lhe negamos assim o animo?
Agora que nos sentimos ameaçados
e conscientes da fragilidade da vida,
analisemos o que têm sido as nossas prioridades.
De certeza que o Coronavírus passa...
mas que para muitos,
nada ficará igual.
nada ficará igual.
Que todos tiremos a nossa lição
e que a dor e a incerteza nos baixem do pedestal,
nos ensinem a ser mais solidários
e mais gratos, mais humanos.
A vida são "momentos"
que queremos prolongar o máximo possível
porque adoramos viver,
mas só faz sentido - com os outros,
os que amamos.
que queremos prolongar o máximo possível
porque adoramos viver,
mas só faz sentido - com os outros,
os que amamos.
Benvinda Neves
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