Ontem vi um programa na TV
que reportava uma nova tendência na América.
Algumas pessoas,
abandonaram a civilização
e tentam sobreviver pelos próprios meios,
nas montanhas e nos pântanos.
A reportagem acompanhou o dia a dia
de algumas dessas pessoas,
que ao contrario de me parecer idílico,
pareceu-me extremamente dificil e penoso.
A luta pela sobrevivência,
obrigava-os a tarefas constantes,
como reconstruir os abrigos, caçar ou cultivar.
Pareceu-me que o maior dos obstáculos
foi "escolher viver sozinho".
Os que viviam como casal,
dividiam as tarefas e acrescentavam ideias,
somando mais sucessos,
que celebravam efusivamente juntos.
Os outros viviam numa luta constante
com os elementos da natureza
e o fim do dia era deitarem-se esgotados e sós.
Numa sociedade regulada
e controlada ao segundo,
sentimos tantas vezes que
"vivemos para trabalhar,"
quando o trabalho deveria ser apenas
para assegurar a nossa sobrevivência.
Somos engolidos pelo stresse,
facilmente deixamos cair as prioridades
e a família, o sono e o tempo livre
são os grandes sacrificados.
Não creio que estes novos "ameríndios"
venham a singrar, sabemos que outros antes,
fizeram experiências idênticas.
Mas compreendo o "seu grito de revolta"
em relação a um mundo cada vez mais artificial,
demasiado consumista e materialista,
que teima em viver de comparações e competições.
Como em tudo,
não me parece que os extremos sejam a solução.
Retive de um dos entrevistados uma frase,
enquanto admirava o final do dia:
"é preciso saber agradecer"...
Sem duvida,
que é imprescindível sermos gratos,
pela Vida,
pela natureza que nos brinda
com um mundo diferente todos os dias,
aos outros, que nos acompanham na viagem,
connosco dividem emoções
e nos dão felicidade.
Tantas vezes nos esquecemos do "obrigada"
aos que nos são mais próximos.
Não agradecer é não reconhecer...
e não merecer.
Num mundo dificil e de extremos,
Cultivemos a gratidão.
(um adorador do sol - na piscina oceânica de Cascais)
Benvinda Neves
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