Há muitos anos, tive um colega de trabalho
que vivia irado e revoltado todos os dias.
Gritava e repetia uma e outra vez
as zangas e os momentos de desacordo que tinha vivido.
Intrigada com a sua prodigiosa memória,
pois já era uma pessoa de idade avançada,
um dia perguntei-lhe,
como conseguia lembrar com tanta precisão,
datas e palavras que tinham sido proferidas, algumas há anos.
Abriu a gaveta da secretária
e mostrou-me um caderno onde registava como um diário,
todas as desavenças do seu dia a dia.
Aquele era o "veneno" com que alimentava a sua ira,
que o torturava e que dominava a sua vida.
Era um homem amargurado e só.
Sobrevivemos
porque conseguimos "guardar "
o que nos fez felizes...
e esquecer o que nos magoou.
Quando assim não é,
não conseguimos ter paz
e muito menos ser felizes.
O coração só deve ser alimentado de amor.
Benvinda Neves
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