Nunca conseguimos limitar os nossos pensamentos...
às vezes cenas que ficaram perdidas no tempo,
regressam-nos à memória,
como se em vez de anos tivessem passado dias...
Olhando umas imagens que tirei hoje,
no passeio de fim do dia,
lembrei-me de uma experiência que passei
há muitos... muitos anos - talvez uns trinta.
Estava com um amigo do peito,
ambos de férias na Madeira,
e decidimos percorrer a Ilha a pé.
Sabia que tenho claustrofobia,
mas desconhecia que podia entrar em pânico.
Para mim isso era cena de filme,
aquela mania que a gente tem
"que só acontece aos outros".
O certo é que a meio de um dos maiores túneis
(que não eram nada como são hoje - eram baixos, escuros,
sem ar e alagados da água que escorria das paredes
por passarem debaixo da montanha)
tive um ataque que me deixou irracional e bloqueada.
Valeu-me o querido companheiro de viagem.
Por muito estreitos e escuros que sejam os caminhos,
se tivermos ao nosso lado
"a mão certa"...
conseguimos seguir até ao fim.
Já não me lembrava deste episódio...
vai um abracinho e um beijinho até Angola,
para um grande amigo que tive o prazer
de rever recentemente.
Benvinda Neves
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