Revitalizar os espaços antigos
e torna-los úteis e agradáveis,
não é tarefa fácil.
Já aqui falei várias vezes sobre o
Mercado da Vila,
que foi em tempos
o grande abastecedor da população,
mas que com o aparecimento
das grandes superfícies comerciais,
como todos os mercados e comercio local,
perdeu a exclusividade e com ela a importância.
Têm-se multiplicado os inúmeros eventos
para trazer gente a este espaço,
que passou a ser polivalente
e é de há uns anos para cá,
além de mercado, lugar de convívio e festejos.
Hoje fui até à 2ª edição do
Mercado da Corte...
uma recriação das feiras antigas,
cheia de figurantes vestidos à séc. XIX,
onde não faltou o Rei e a Rainha,
o barbeiro/tira dentes, as criadas
e as lavadeiras com as suas "coscuvilhices"
a provocar quem por ali passeava.
Uma tarde animada para a pequenada
que experimentava fazer a barba,
lavar roupa nos tanques, andar de burro
e ainda davam grandes gargalhadas
com as histórias sempre animadas dos Robertos.
Para a minha geração, criada de pé descalço
a brincar com os amigos na rua,
é uma alegria ver que as crianças
apesar de mestres nas novas tecnologias,
continuam a gostar de tudo o que nós gostávamos.
Brincar na rua, gostar das cabrinhas e dos burros,
gargalhar com as histórias dos fantoches,
é a ideia que tenho de crianças felizes.
São estes momentos que sociabilizam.
Dou os parabéns aos organizadores do
Mercado da Corte
e agradeço à amiga Belinha,
sempre "primorosamente" participante,
o desafio e a companhia.
Benvinda Neves
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