As maiores lições da nossa vida,
vêm muitas vezes dos momentos mais simples.
Fui convidada para um almoço de amigos,
onde se pretendia conviver
e homenagear um amigo que faleceu há dois anos.
Disse-me a querida Sandra:
"o meu marido gostaria muito de vos ter reunido aqui
e eu quero fazer-lhe a vontade".
Foi um convívio fantástico,
com alguns amigos de longa data, outros recentes,
em que se comeu e muito se conversou.
O Felisberto foi lembrado naturalmente,
e entre risos e muitas histórias passadas,
a memória "fez presente"
a pessoa querida, divertida e amiga, que foi.
Até uma borboleta branca que esvoaçou sobre a mesa
foi "lida" como o espírito alegre dele,
a dizer que estava feliz entre nós.
Deixou-me como reflexão
que há dois momentos na vida que não decidimos:
o nascer e o morrer.
Todos temos momentos de perda e de grande dor.
É essencial (vital) que se faça o luto.
O luto é como que a convalescença da alma ferida,
até à plena aceitação.
O almoço de hoje, foi para mim mais uma grande lição de vida.
Lembrar com saudade os que amamos
e partilhar a tristeza com os amigos, faz parte do luto.
Juntar amigos à mesa,
partilhar peripécias do que vivemos juntos
e lembrar o marido, pai ou amigo
com carinho e felicidade,
é a melhor homenagem
à memória de quem partiu...
Há pessoas que são Especiais
e temos muito a aprender com a sua natural simplicidade.
A Sandra é sem duvida uma dessas pessoas.
Benvinda Neves
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