“Cada criança é um filho de todos nós”…
Quando
passamos dos cinquenta anos, achamos que já vivemos muito
E
que pouco ou nada mais nos surpreenderá nas nossas vidas.
Infelizmente
não é assim e por vezes, mesmo sem querermos,
Cruzam-se no nosso caminho vidas
Às
quais não conseguimos ficar indiferentes.
Aprendi
a tomar conta de mim e dos outros muito cedo.
Talvez
por isso tenho uma força de vontade férrea.
Quando
se trata de enfrentar os problemas.
“Agarro-os de frente”- como se costuma dizer.
Poucas
coisas me fazem parecida com a minha falecida mãe,
Mas dela
herdei o ser: “sensível e maternal”.
Lágrimas
– tornam-me trémulas as pernas e despedaçam-me o coração.
É-me
muito difícil compreender
Quem sinta necessidade de magoar por prazer.
Quem sinta necessidade de magoar por prazer.
Impossível perceber ou desculpar,
Quando as vítimas são crianças.
Quando as vítimas são crianças.
Quando
uma criaturinha me chora no colo trémula a apavorada,
Com medo
do mundo inteiro,
Porque
a maldade humana não tem limite,
Sinto-me
como um vulcão, prestes a emergir das profundezas
E a
lançar lavra quente sobre a terra adormecida,
Que permite
que atrocidades sejam cometidas na porta ao lado,
E que
fecha os ouvidos e os olhos por comodismo e egoísmo.
A nenhuma
consciência deveria ser permitido dormir,
Sem sentir
que todos temos obrigação
De Proteger
e Amar.
Os
grandes princípios com que fui educada dizem-me:
“Cada criança é um filho de todos nós”.
Que
triste que haja tanta gente que o não sinta.
Benvinda Neves
Julho 2014
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