segunda-feira, 24 de junho de 2013

Alma enfeitiçada…


  


Alma enfeitiçada…
Não vi, mas tenho a certeza


Que Velas negras se acenderam entre cantos e vontades,
Alguma reza fervorosa foi dita ou pensada,
Saída da alma mais funda
E pelo mundo escutada.

Encantamento ou "macumba",
Chame-lhe o mundo o que quiser,
Acenderam a tremeluzente luz do desejo,
E em transe a alma solta-se contorce-se e dança.

Fizeram altares no campo virado para o mar,
Há um vento suave que desliza e tudo afaga febril,
Trás o cheiro da terra aquecida da urze e da maresia.

Vêm murmúrios em vaga que abraçam as rochas
E espelha-se a felicidade,
Como se o mar e o sorriso fossem eternos
Ou se pudessem medir.

Tamanho é o poder que luas vão e sol vem
E a alma enfeitiçada dança…dança…

Mesmo depois das velas apagadas.


Benvinda Neves

(três beijos...)

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