Férias…
Podemos escolher mil formas de as viver,
mas esta é sempre uma palavra que tem a magia
de nos abrir o rosto num sorriso cheio de imenso prazer.
Normalmente reparto por três períodos – um
curto na Páscoa, um longo no Verão e outro curto em Novembro.
Quase sempre na Páscoa aproveito para fazer
uma das coisas que mais gosto - viajar.
Os preços ainda são em conta e o tempo já
aqueceu o suficiente para se poderem percorrer as ruas das cidades, sem chuva
nem demasiado calor.
Dependendo do lugar, se escolhem também o
número de dias – pois o orçamento tem a voz principal nesta questão.
Quanto mais diferente for a cultura em
relação à nossa – maior a vontade que tenho de ir. Adoro tudo o que seja “mundo
novo”.
As férias de Verão são sempre as mais longas.
Por norma a casa enche-se – pois tenho uma
mana que vive nas terras frias da Dinamarca e vem todos os anos com a família, procurar
o nosso belo clima.
Quando éramos (todos) mais jovens a casa
enchia ainda mais, pois além da família havia sempre espaço para mais uns colchões
para alojar amigos.
Como disse uma vez por brincadeira o cunhado
“este é o hotel mais concorrido de Cascais” – tem sempre lotação esgotada.
É a altura do ano mais descontraída – qualquer
“trapinho” serve para ir até a uma das praias. Uns calções, umas chinelas e
estamos prontos para mais umas horas de preguiça temperadas por uns mergulhos
nas nossas águas “geladinhas”.
A esta indumentária junta-se o espírito
prático – tenho um “interruptor” que desliga automaticamente nesta altura e que
me faz esquecer que esta é a casa que gosto de ver impecavelmente arrumada e
limpa o resto do ano.
Durante cerca de um mês é um autêntico
acampamento de Verão.
É também a altura das longas conversas ao
redor da mesa - entre brindes e petiscos se recordam tempos idos e se abre a alma
em partilha. A mesa é dos melhores lugares para conviver. Cozinhar para alguém
é sempre uma prova de carinho. Capricha-se mais nas ocasiões especiais.
Guardo sempre três ou quatro dias do final
para “normalizar” – de forma que o regresso à rotina diária não seja abrupto.
Em Novembro institui a semana do meu
aniversário como “sagrada”.
Saboreio
este último período de férias como uma deliciosa sobremesa.
O dia de aniversário deveria ser especial
para todos, pois sinto que a vida é um grande privilégio.
Nunca trabalhei no meu dia de anos – sempre guardei
um dia de férias para gozar esse dia. Depois começou a saber a pouco…e de há
uns bons anos para cá passou a ser uma semana inteira.
Com o gostinho por esta semana calma de Outono
contagiei dois dos meus manos que se têm juntado a mim. Com gostos muito semelhantes
temos desfrutado do prazer de “viajar cá dentro” – e aproveitado a conhecer
melhor o nosso Portugal, sem as enchentes e os preços proibitivos da época
alta.
Mas viajando ou ficando pelas praias da nossa
Costa, Férias são sempre ansiadas e vividas com sofreguidão.
Como dizia no outro dia é uma palavra cheia
de musicalidade, que tenha o ritmo que tiver, dá sempre vontade de dançar…
Boas Férias.
Benvinda Neves
Julho 2014
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