A razão dos dias em Peniche, tinha como objetivo a
"visita às Berlengas"...
As Berlengas situadas a seis milhas para ocidente do Cabo Carvoeiro,
são uma Reserva Natural, composta por área marítima e terrestre,
sendo esta formada por um conjunto de ilhas,
a Berlenga (visitável), as Estrelas e os Farilhões-Forcadas.
A viagem depois que se passa o cabo, é sempre atribulada
e um martírio para quem enjoa.
Desta vez apanhamos ondas de frente, com 3,00m de altura e vento,
o que levou a que muitos fizessem a viagem com um saco de plástico na boca.
Mas a beleza da ilha compensa o desconforto
(para mim que não enjoo) dos saltos no mar.
Nas duas visitas anteriores, que já foram há muitos anos,
só havia um barco a fazer esta passagem
e não me lembro de haver visita às grutas.
Foi uma belíssima experiencia, com uma gruta com fundo azul elétrico,
outra com rochas que refletem as cores do arco íris,
tetos que parecem pedras preciosas,
passagens em túnel e rochas calcárias com a forma de um elefante,
um rosto humano ou o perfil de um rei.
Muito bonito ver a ilha de dentro do barquinho
e maravilharmo-nos com o contraste do amarelo da montanha,
recortada entre o céu azul profundo e o azul e verde elétrico do mar.
Destaca-se o Forte de São João Baptista,
mandado construir por D. Afonso IV, no século XVII,
com o objetivo de defender a costa portuguesa dos ataques e invasões.
O símbolo das Berlengas é o "airo" (Uria aalge),
que antigamente nidificava nas ilhas,
mas que possivelmente pela intervenção do homem,
ou também por alterações climáticas, deixou de o fazer.
Uma visita estupenda,
que teve mais suave a viagem de regresso.
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