Está ressequido e poeirento,
o Trilho da Ribeira das Vinhas.
Há muito que a ribeira secou e o leito
é um amontoado de pedras que dá dó olhar.
Não tem o mesmo encanto que no Inverno,
quando a água corre trilho abaixo, até ao mar,
soltando aquele som que acalma e nos faz sonhar
(a nós e aos pássaros)
Mas hoje percorri o trilho,
que está ainda mais poeirento porque estão a fazer obras
e cada vez com menos sombras, tantas foram as árvores cortadas.
Deveriam ser responsabilizadas e punidas todas as entidades
que desalmadamente cortam o património florestal.
Não há respeito nem sensibilidade para com o reino vegetal.
Hoje semeiam - daí a uns dias arrancam tudo e semeiam novo
Tudo serve de desculpa para "limpezas"
que devastam montes inteiros
e destroem árvores que demoram anos a crescer.
Tanto se fala em preservação do ambiente
e tão pouca sensibilidade e respeito há.
Vale-nos a vontade férrea da natureza
que teima em se renovar,
apesar dos atentados constantes da humanidade.
As Buganvílias...
estão no auge da beleza
e são festa para os nossos olhos.
Benvinda Neves
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