Quando era criança,
tivemos por uns tempos "uma avó
emprestada…"
Ter uma avó ou um avô é um privilégio
grande
a que poucos dão a devida importância.
Por circunstancias da vida,
essa presença em nossa casa durou
poucos meses,
mas os suficientes para quando
terminou
termos chorado a perda da avó
temporária e não a da sua filha,
pressupostamente nossa mãe adoptiva.
Adorávamos os serões sentados à
lareira à roda da avó
que com um sorriso brando tinha sempre
muitas historias
com uma "moral" para
concluirmos no fim.
Por estes dias, a propósito de uma
circunstancia que presenciei,
recordei-me de uma das suas histórias
em que nos ensinou a definir
"a calunia"...
"Lembrem-se sempre,
que quando contamos algo sobre alguém,
que quando contamos algo sobre alguém,
é como subirmos a uma torre em dia de
vendaval
e despejarmos um saco de penas ao
vento.
Ele as levará para todos os lugares.
Se depois de as largarmos nos arrependermos
e quisermos voltar a colocar todas no saco,
e quisermos voltar a colocar todas no saco,
por muito que a gente corra montes e
vales,
nunca as voltaremos a recolher
todas".
Sábias as avós…
Benvinda Neves
19/01/2018
Sem comentários:
Enviar um comentário