É como um Éden, no meio da floresta de betão...
um grande corredor verde que se estende por três etapas
e vai até lá abaixo quase junto ao mar.
Inspirado na literatura e nos seus poetas,
é poesia em todos os lugares.
Alamedas com cânticos escritos no chão
nichos em forma de folhas, que convidam a sentar,
a ler e a descansar, espelhos de água, musas,
templos de poesia e até uma ilha dos amores.
É o belíssimo Parque dos Poetas
em Oeiras...
em Oeiras...
Penso tantas vezes,
em como adoraria ter este paraíso à porta de casa,
em como me perderia vezes sem fim,
com um livro ou a câmara na mão.
No entanto, tirando os dias da inauguração, ou de eventos,
todas as vezes que vou até a um destes parques,
pergunto-me sempre qual a razão de tão pouca afluência.
Hoje durante cerca de duas horas contei cinco pessoas.
Sou assídua frequentadora do Jardim Municipal
e garanto que neste tempo de férias - é maravilhoso
ver como o relvado
se enche de "cabecinhas coloridas" à hora de almoço.
Como é que um parque tão bonito e moderno
não destronou o velhinho jardim da Vila?
Será que ainda ninguém reparou
que faltam instalações sanitárias, bebedouros
e que os escorregas
são em chapa metálica e estão colocados ao sol?
Se eu fosse passear uma criança,
pensaria de certeza nestas faltas...
Benvinda
Neves
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