Árvore solitária...
Deixa os teus braços estendidos,
árvore solitária,
que eu pássaro errante,
procuro abrigo para esta noite.
Teus ramos me darão protecção,
tuas folhas manterão quente o meu corpo.
Eu te libertarei da solidão
e te sussurrarei em segredo
a beleza do mundo todo por onde andei.
Mas porque sou pássaro,
ao amanhecer volto a partir.
Preciso de voar para me sentir vivo.
Tu como árvore, tens que ficar...
Terás sempre os segredos
de muitos pássaros.
É porque as árvores não cantam
e têm horizonte limitado,
que precisam de pássaros em seus ramos,
como mulheres em seus braços.
São os pássaros que as fazem sentir vivas...
Benvinda Neves
Setembro 2014
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