sábado, 30 de janeiro de 2021

Trilho da Ribeira das Vinhas...

Em fim de semana de confinamento,

resta-nos percorrer trilhos curtos,

 junto à zona de residência.

Felizmente que temos o 

Trilho da Ribeira das Vinhas...

que está belíssimo, coberto de verde

com a ribeirinha a trazer vida a todo o vale.

A ribeira com água, 

trás uma magia muito especial à paisagem,

que apreciamos com os olhos  e com os ouvidos,

porque é muito relaxante 

o som da água ao longo de todo o percurso.













Benvinda  Neves


"Fragmentos de tempo"...

Limitados os nossos passos - grande a nossa ansiedade.

"Fragmentos de tempo"... 

na monotonia dos dias.

- Oeiras -











Benvinda  Neves

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

"Há gente que não leva isto a Sério"?...

Impossível passar pelos dias, 

sem nos enchermos de interrogações, 

sobre o porquê do caus instalado no país.

Como passamos de um país exemplar,

que mereceu os parabéns e a analise de toda a Europa,

para o país negro, com registo de mais mortos e de maiores contágios?

Na minha analise (que pode ser injusta), tenho como 

explicação a conjugação de vários fatores.

"Cria fama e deita-te a dormir" - é um ditado popular,

mas que se aplica como topo da lista.

Toda a Europa estava ao rubro, com picos do surto,

quando tivemos o primeiro confinamento,

que a maioria das pessoas assustadas, cumpriu rigorosamente.

Depois veio o "desfile de vaidades,"

que como folhetim passava na TV.

Todos os dias tínhamos a direcção geral de saúde, a ministra, 

os adjuntos de ministros e adjuntos de adjuntos:

"deve usar mascara" - "não, não serve para nada",

"deve confinar" - "mas não se for comício ou manifestação politica",

"não pode ir ao funeral do seu familiar - "mas se for figura publica, 

não há limite de lotação",

"fecham-se todos os restaurantes do país" - "menos o da Assembleia da republica",

porque os senhores deputados não têm onde comer.

Mas as cantinas das escolas fecharam 

e as crianças e jovens tinham que comer nas escadas 

e nos cantos dos recreios escolares - como todos presenciamos.

E depois perguntam porque 

"Há gente que não leva isto a Sério"?...

Será que não vêm que o exemplo vem de cima 

e que os nossos políticos são os primeiros a não levar isto com seriedade.

Quando a gente exige aos outros, temos que ser os primeiros a cumprir.

Ultimamente ouvimos todos os dias:

"mais camas nos hospitais", "mais hospitais de campanha"

e todos nós nos perguntamos,

e "mais médicos, mais enfermeiros, mais auxiliares?"

Será que as camas por si curam os doentes?

Porque fizeram emigrar os que se formaram cá?

Tivemos eleições no passado domingo,

será por acaso que a "abstenção" é a grande vencedora?

Acho que os nossos políticos devem fazer 

um exame de consciência

porque estamos seriamente necessitados 

de gente que nos faça acreditar.

Não ilibo quem quer viver 

"como se não se passasse nada"

Todos temos que ser responsáveis.

Mas sinto que não se acreditou 

que eramos tão vulneráveis quanto os outros

e não se preveniu para evitar a catástrofe.

Todo o peso está agora sobre os ombros

dos profissionais de saúde,

que são os grandes Heróis destes tempos de loucura.

Se eles "quebrarem" - o país quebra também.

Precisamos de um milagre,

que os torne invencíveis e imortais,

ou precisamos de mais gente que os venha ajudar.


Benvinda Neves


quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

"Descendo a Rua do Alecrim"...

Fui a Lisboa, por causa de uma consulta médica

e "matei saudades" da nossa bela capital.

Falta a Vida,

mas apreciei cada pedacinho, 

do Chiado ao Cais do Sodré,

"descendo a Rua do Alecrim"...














(o metro - em plena tarde, completamente vazio)

Benvinda  Neves


quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Perder tudo o que se investiu, trás de certeza desespero...

Ao olhar a montra desta loja,

não podia ficar indiferente, senti solidariedade

com a dor de quem ali colocou as flores,

nas grades da loja fechada.

São centenas de estabelecimentos por todo o país,

de gente que perdeu o seu meio de sobrevivência.

Perder o meio de subsistência,

é perder um direito que deve ser garantido a cada um de nós.

 O trabalho é o nosso sustento, faz parte da nossa dignidade. 

Quem já passou pelo desemprego, 

sabe que é frustrante e trás angustia.

Mas quem perde tudo o que investiu, 

trás de certeza desespero...

Quem consegue passar por esta pandemia,

mantendo o emprego, tem de  sentir-se privilegiado

e agradecer todos os dias.


Benvinda  Neves 

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

As Ruas da Vila de Oeiras vazias...

Temos pouco que registar,

nestes dias de confinamento, em que os dias se repetem,

 em muitos momentos de solidão.

Nunca tivemos tanto tempo para estarmos connosco

e nunca tivemos tanta saudade dos amigos e do dia a dia.

Uma ida à farmácia, no centro da vila

e não resisti a alguns registos com o telemóvel.

Dia cinzento, com chuviscos e nevoeiro,

as Ruas da Vila de Oeiras vazias...

como todo o país.

Não podemos deixar de reparar

que muitos edifícios têm sido restaurados

e é uma beleza apreciar a bonita arquitectura antiga,

com os telhados trabalhados 

e as fachadas com azulejos recuperados.

O facto de não haver gente e os carros serem poucos,

faz-nos ser mais atentos aos pormenores.












Benvinda  Neves


Tempo - é sempre o melhor para oferecer...


O nosso mundo depende sempre da forma como o olhamos.

Como a tudo o que amamos, 

é preciso dedicar-lhe Tempo.

Tempo - é sempre o melhor para oferecer...

aos outros e a nós.


Benvinda Neves

 

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021