segunda-feira, 16 de março de 2020

Sentirmo-nos receosos e privados do nosso dia a dia...


As imagens não são de hoje,
são da semana passada,
de um passeio curtinho, que fiz com uma amiga,
no Parque dos Poetas - em Oeiras.

Hoje fui trabalhar à hora habitual,
só que desta vez, sem transito na 
Avenida Marginal,
que costuma ter filas até Lisboa
(até parecia o mês de Agosto).
Pouquinhos no emprego
e sem fila para o microondas na hora de almoço.
Vezes sem conta  a lavagem das mãos
(até a pele ficar fininha)
e vezes sem conta as senhoras da limpeza
a passarem desinfectante nas casas de banho.
As ruas vazias - que tanto costumo gostar,
não me convidaram a ficar,
porque todos os nossos sentidos estão alerta.
O regresso,
sem o pandemónio que é entrar em Cascais,
só cinco carros no semáforo do Jumbo,
o que me fez chegar a casa meia hora mais cedo.

Amanhã seremos menos ainda,
pois só hoje foi decidido
quem vai garantir o funcionamento dos serviços.
Faço parte dos que 
não ficam em quarentena,
o que significa que não posso "facilitar".

Ainda agora começou a pandemia
e já todos temos as vidas alteradas.
Tomara que passe depressa
e que regressemos à normalidade.

Sentirmo-nos receosos 
e privados do nosso dia a dia,
faz-nos pensar no numero de vezes
que nos esquecemos 
o quão boa é a nossa vida pacata.







Benvinda Neves



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