quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Sobre o Almoço de Natal dos Funcionários da CMO...




Às vezes damos o "beneficio da duvida"
e acabamos por repetir erros...

Há 27 anos que não ia a um
Almoço de Natal
 dos Funcionários da CMO.
Caí na asneira de ir nesse ano,
 mas ficamos todos na rua, mais de uma hora à espera,
 porque o senhor presidente estava atrasado
e eu que odeio que me façam esperar, 
nesse dia jurei a mim mesma,
que não iria a mais nenhum.

Mas este ano...
 (talvez porque estou a ficar velha e mais condescendente),
tive curiosidade, por causa do tão falado local escolhido
e aceitei o convite para ir até à 
Vila Natal em Algés.

Como diria o nosso saudoso humorista 
Raul Solnado:
"Quando cheguei à porta da guerra,
dei meia volta e recusei-me a entrar..."
Numa tenda, concentraram as duas mil pessoas 
que tinham aceite o convite para o almoço.
Da entrada - só vi gente e mais gente
aos encontrões - não consegui ver mais nada.
Só entraria ali, se estivesse 
a morrer de fome.

Claro que dei meia volta de vim-me embora,
mas não foi fácil sair,
foi-me recusada a saída pelas duas entradas
e o que deveria ser saída estava fechado e selado
com umas braçadeiras vermelhas.
Tive que contrariar a vontade 
dos funcionários que estavam na entrada.

Sem grandes comentários, 
quero deixar claro que a Câmara não tem obrigação
de oferecer almoços aos funcionários,
mas quando o faz, uma vez que é com dinheiro publico,
tinha o dever de garantir que fosse acessível a todos.
Pessoas com deficiência física,
como eu, os colegas invisuais e os de cadeira de rodas, 
não têm qualquer hipótese de participar 
em almoços onde 
nem temos percepção de onde estão as mesas.
Como me diziam em garota:
"tudo o que merece ser feito,
merece ser bem feito".

Vi os vídeos no site do município,
com o almoço de Natal para os aposentados
e ouvi os testemunhos de várias pessoas,
pelo que achei que tal como eles,
iríamos estar sentados distribuídos por várias mesas.
De outra forma,
nunca me passaria pela cabeça ir.

Não faz sentido nenhum organizar um
Almoço de Natal
se não for para se conviver,
no verdadeiro Espírito Natalício.


Benvinda Neves




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