sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Sábias as avós…




Quando era criança,
tivemos por uns tempos "uma avó emprestada…"

Ter uma avó ou um avô é um privilégio grande
a que poucos dão a devida importância.

Por circunstancias da vida, 
essa presença em nossa casa durou poucos meses,
mas os suficientes para quando terminou
termos chorado a perda da avó temporária e não a da sua filha, 
pressupostamente nossa mãe adoptiva.

Adorávamos os serões sentados à lareira à roda da avó 
que com um sorriso brando tinha sempre muitas historias
com uma  "moral" para concluirmos no fim.

Por estes dias, a propósito de uma circunstancia que presenciei,
recordei-me de uma das suas histórias em que nos ensinou a definir 
"a calunia"...

"Lembrem-se sempre,
que quando contamos algo sobre alguém,
é como subirmos a uma torre em dia de vendaval
e despejarmos um saco de penas ao vento.
Ele as levará para todos os lugares.
Se depois de as largarmos nos arrependermos
e quisermos voltar a colocar todas no saco,
por muito que a gente corra montes e vales, 
nunca as voltaremos a recolher todas".

Sábias as avós…


Benvinda Neves

19/01/2018


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