domingo, 9 de fevereiro de 2014

Alegria e Tristeza…



Alegria e Tristeza…

Temos tendência para imaginar que a vida dos outros é mais divertida e muito mais fácil que a nossa.
Adivinhamos secretismo e emoções sempre ao rubro.

A vida alheia não tem tédio, nem momentos de revolta nem tempo desperdiçado,
nem mágoa, nem ira ou o peso da tristeza.

Atrai-nos tudo o que não conhecemos e formamos opiniões que às vezes se desmoronam com o tempo, porque foram construídas apenas pela nossa imaginação.

É quase irresistível fazer comparação entre o que somos e o que pensamos que são os “outros” - aqueles que nunca têm problemas do tamanho dos nossos e que parecem levar a vida ao colo, em vez de a carregarem nas costas como um peso que obriga por vezes a curvarmo-nos.

Desejávamos tanto que a monotonia não fosse uma nota tocada na melodia do tempo. Apetecia-nos que os dias fossem valsas salteadas de prazer num ritmo quente que nos fizesse saltar a toda a hora o coração.

Queríamos paixão e adrenalina sempre ao rubro.

Gostávamos que a vida fosse uma ininterrupta festa e somos egoístas o suficiente para pensar que para alguns assim é.

Esquecemos que a vida distribui por todos, de igual forma, só em tempos diferentes, 
Alegria e Tristeza.

 Ficamos mais tempo com aquela que quisermos guardar …

Benvinda Neves
Janeiro 2014

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