terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Abraça-me…





Abraça-me…

Afaga-me entre os teus braços
e deixa-me suspirar e sonhar.
Enlaça-me sobre o teu peito
e embala-me entre sussurros e suspiros.
Eleva-me na vontade louca destes momentos
a este mundo não pertencerem,
porque divina é a paixão quando nos arrasta
e nos leva a loucos sonhos que nunca alcançaremos.
Difícil dizer por palavras
aquilo que nem o sentir sabe explicar.
Louca seria não a viver,
por a não saber descrever.

Abraça-me, abraça-me…
ainda que amanhã teu cheiro se dissolva
e em teus braços outros sonhos se escondam.
Abraça-me...
porque nem sei se é real este meu sonho,
se o confundi de tanto desejo.

Abraça-me e embala-me…
no sussurrar da paixão.
Abraça-me agora,
porque amanhã a paixão tal como os sonhos,
dilui-se no tempo
e dela restará a dúvida entre o que foi real e imaginário,
mas do momento ficará sempre
o apertar dos teus braços
e este meu sorrir.


Benvinda Neves

Outubro 2012

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